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Mostrando postagens de junho, 2018

A modernidade em Clarice Lispector: comentário sobre A paixão segundo G. H.

“Este livro é como um livro qualquer. Mas eu ficaria contente se fosse lido apenas por pessoas de alma já formada”, diz Clarice Lispector na abertura de um dos seus principais romances. Nesse texto, respondendo a uma questão da prova de “Tópicos da narrativa brasileira”, comento superficialmente sobre o romance A paixão segundo G. H. , de Clarice Lispector. De maneira mais específica, busco delimitar em que aspectos estruturais (personagens, tempo, enredo, espaço e narrador) essa obra quebra com os padrões convencionais da narrativa tradicional. Transcrevo, com algumas pequenas alterações, o que escrevi. É perceptível que o romance A paixão segundo G. H. , de Clarice Lispector, rompe com a tradição literária, situando-se dentro do ambiente modernista da literatura. Mas quais características presentes nessa narrativa nos permitem fazer essa afirmação? A primeira característica é a mudança no foco narrativo da história. Ao contrário dos romances tradicionais que apresentam um...