O núcleo duro do governo Bolsonaro é formado por pessoas com claras inclinações autoritárias. Pouco afeitos as regras democráticas e as suas instituições, o presidente, seus filhos, a ala olavista e até os liberais da economia estão sempre produzindo falas e ações que põe em dúvida a democracia como um valor máximo. Nas últimas semanas foi a vez do filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, afirmar que, se a esquerda radicalizar, será preciso recorrer a instrumentos como o AI-5. O Ato Institucional mais duro e repressor da ditadura civil-militar também foi parar na boca do ministro da Economia Paulo Guedes, fazendo com que a sociedade se confrontasse novamente com o fantasma da ditadura. Mas, afinal, o que leva membros do governo a citar constantemente mecanismos autoritários como o AI-5? Seria uma paranoia generalizada do governo, que se vê cercado diariamente por inimigos ameaçando tomar o poder? Ou seria um desejo incontido de, citando manifestações populares vio...
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